O uso de silicone vem sendo cada vez mais popular: hoje em dia, a procura em consultórios de cirurgia plástica é, em grande parte, conduzida por essa demanda. Em contrapartida, os esforços para a prevenção e o tratamento do câncer de mama têm tomado relevância nacional. Vista a magnitude dos dois temas, vale perguntar: existe relação entre o implante de silicone nos seios e câncer de mama? Se sim, qual?
As perguntas são várias a esse respeito: o silicone influencia no surgimento no câncer de mama? Quem já tem silicone deve tomar algum cuidado especial? Quais são os riscos e benefícios do implante? As respostas podem fazer a diferença na decisão de colocar um silicone mamário ou não; por isso, é importante se manter em constante atualização.
No artigo de hoje, falaremos sobre a relação entre silicone e câncer de mama. Responderemos às questões abordadas acima e daremos algumas dicas práticas para quem já usa silicone. Também falaremos sobre as melhores maneiras de tirar essa e outras dúvidas no tratamento do câncer. Vamos lá?
Os riscos cirúrgicos clássicos do implante de silicone são bem difundidos: a cirurgia pode causar, por exemplo, cicatrizes e infecções que pioram o aspecto estético no pós-operatório. Recentemente, no entanto, a comunidade acadêmica começou a se preocupar com a relação entre silicone e câncer de mama. O linfoma anaplásico de grandes células, associado ao implante mamário (BIA-ALCL) é um tipo de câncer relacionado ao silicone. Como o próprio nome sugere, ele é diretamente afetado pelo implante mamário: mulheres que não realizaram o procedimento dificilmente o desenvolverão.
As boas notícias são que o BIA-ALCL é muito raro, se comparado com outros tipos de tumor. Seu tratamento também é relativamente simples, embora uma detecção precoce aumente as chances de sobrevida. Ele está mais relacionado a superfícies texturizadas do implante, mas não tem comportamento diferente em relação ao seu material. Os sintomas do BIA-ALCL são os mesmos de outros tipos de câncer de mama: geralmente ele se apresenta como um inchaço persistente ou dor na região da mama. Sua localização é próxima ao implante, sendo ele muitas vezes percebido como um nódulo aderido ao silicone.
A resposta é não. O autoexame pode ser realizado periodicamente por todas as mulheres, de forma cuidadosa. A pressão realizada pelos dedos dificilmente romperá o material do silicone ou o deslocará. Porém, estudos recentes mostram que o auto-exame das mamas não é recomendado simplesmente por não mudar em nada os desfechos das mulheres que recebem o diagnóstico pelo autoexame ou por exames de rotina.
A avaliação realizada em pessoas com silicone segue o mesmo ritmo das outras mulheres: o Ministério da Saúde recomenda a realização da mamografia a partir dos 40 anos uma vez a cada dois anos; a partir dos 60 anos, ela deve ser realizada todos os anos. A consulta com o ginecologista, com exame preventivo, deve ser realizada anualmente mesmo em mulheres mais novas.
Após o implante de silicone, o ginecologista ou cirurgião plástico pode solicitar consultas rotineiras de pós-operatório. Nessas consultas, ele analisará se o implante apresenta alguma alteração. Juntamente com a ginecologia de rotina, essas consultas após a operação são a melhor estratégia de prevenção de efeitos adversos.
O tratamento do câncer de mama passa por várias etapas e tem várias peculiaridades: hoje, já é possível realizar exames histológicos que afirmam especificamente se a doença responde a diferentes modalidades de terapia. Exames genéticos podem ser realizados antes mesmo do desenvolvimento do câncer, possibilitando uma prevenção mais efetiva.
Através dos métodos mais modernos de diagnóstico e tratamento, a conduta é cada vez mais individualizada. Isso significa que é necessário avaliar caso a caso para definir se algo diferente deve ser realizado. No caso de quem tem silicone, por exemplo, o implante pode ser foco de uma inflamação que piora o quadro do câncer. Nesses casos, pode-se optar pela retirada do implante durante o tratamento para torná-lo mais eficaz.
Outros tipos de câncer de mama, como o adenocarcinoma, dificilmente têm relação com o implante de silicone. Nesses casos, não faz muita diferença mantê-lo ou não: o tumor pode responder bem a outras modalidades de tratamento, como a hormonioterapia. Além disso, a invasão local e de outras estruturas também faz diferença para o tratamento. Cirurgias podem ser mais ou menos extensivas conforme o estadiamento do tumor.
A interação entre silicone e câncer de mama já foi alvo de controvérsias, mesmo no meio acadêmico. Hoje, temos uma visão um pouco mais esclarecida sobre essa relação: o uso de silicone aumenta as chances de um tipo específico de tumor, mas que ainda é muito raro.
Dúvidas sobre o uso de silicone e câncer de mama podem surgir durante o tratamento. Para elucidação delas, podemos contar com a tecnologia para nos dar métodos eficazes e seguros de comunicação com profissionais de saúde. A WeCancer é uma plataforma de contato entre a equipe médica e o paciente oncológico que coloca você em contato direto com um profissional especializado.
© 2022 WeCancer soluções tecnológicas Ltda. – 32.302.278/0001-00
Rua Madre Cabrini 462 – São Paulo, BR
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