O tratamento do câncer de mama tem avançado muito nos últimos tempos, aumentando as chances de cura de um dos tipos mais comuns entre as mulheres de todo o mundo. Para aumentar sua efetividade, é preciso que ele seja diagnosticado o quanto antes, tendo em vista que esse é um fator relevante para o êxito dos métodos escolhidos.
Para que o médico e paciente possam escolher juntos o melhor tratamento, diversos pontos devem ser considerados. Alguns deles são idade, caraterística do tumor, número de linfonodos comprometidos e estágios da doença.
Quer saber quais são os tratamentos disponíveis e como eles são feitos? Continue sua leitura!
Quais são os sintomas do câncer de mama?
Existem diversos sintomas que podem indicar um possível câncer de mama. Veja a seguir:
- aparecimento de nódulo, indolor, irregular e duros (existem tumores de consistência globosa, branda e bem definida);
- inversão do mamilo;
- edema cutâneo, semelhante à casca de laranja;
- dor;
- retração cutânea;
- hiperemia;
- secreção papilar (geralmente é transparente, mas pode ser avermelhada ou rosada devido a presença de glóbulos vermelhos);
- descamação e ulceração do mamilo.
Como o diagnóstico do câncer de mama é realizado?
Qualquer sintoma suspeito nas mamas deve ser analisado para confirmar se realmente é ou não câncer. Para isso, além do exame clínico, exames de imagem podem ser feitos, como ultrassonografia, mamografia ou ressonância magnética.
Contudo, a confirmação diagnostica só é realizada por meio da biopsia, uma técnica que retira um fragmento do nódulo ou lesão suspeita via punção (extração por agulha) ou de uma pequena cirurgia. O material extraído é avaliado pelo patologista, que dará o diagnóstico.
O diagnóstico precoce é importante para permitir terapias mais simples e eficazes, contribuindo para a redução do estágio de apresentação do câncer. Por este motivo, é essencial que a população e profissionais de saúde sejam educados quanto ao reconhecimento dos sinais de alertas mais comuns, e da importância de procurar ajuda médica após a apresentação dos primeiros sintomas.
Quais são os tratamentos existentes para o câncer de mama?
Como já foi dito, o tratamento do câncer de mama pode ser feito de várias formas, dependendo do estágio da doença, do estado de saúde e da preferência do médico e paciente. Entenda melhor como funciona!
Existem os tratamentos locais e sistêmicos, sendo:
- locais: busca tratar o tumor localmente, sem afetar o restante do corpo. Entre os tipos mais usados estão: cirurgia e radioterapia;
- sistêmicos: refere-se à utilização de medicações que podem ser administradas via oral ou diretamente na corrente sanguínea para chegar nas células cancerígenas presentes em qualquer parte do organismo. Entre eles estão: quimioterapia e terapia hormonal.
Estágios I e II
Nesse caso, geralmente é realizada a cirurgia, que pode ser conservadora (onde é retirado apenas o tumor) ou uma mastectomia (retirada da mama e reconstrução mamária).
Depois da cirurgia, em alguns casos, o tratamento complementar pode ser feito com radioterapia. A reconstrução mamária é indicada nas situações em que a mastectomia é feita.
Já o tratamento sistêmico pode ser indicado conforme o risco de recorrência, identificado por meio do tamanho do tumor, comprometimento linfonodal, grau de diferenciação, etc. Dessa forma, as características da doença que mostrarão a terapia mais adequada.
Estágio III
Pacientes com tumores maiores, contudo, ainda localizados, estão inseridos no estágio III. Nesse caso, o tratamento sistêmico realizado por meio da quimioterapia, geralmente, é o método inicial escolhido. Depois da resposta apropriada, é feito o tratamento local, com cirurgia e radioterapia.
Estágio IV
Nessas situações, é primordial que a decisão pelo melhor tratamento preze pelo equilíbrio entre a resposta tumoral é a busca pelo prolongamento da sobrevida, considerando os possíveis efeitos colaterais advindo da ação terapêutica. O tratamento mais utilizado nesse estágio é o sistêmico, ficando o local reservado para indicações específicas.
O que são métodos complementares e alternativos?
São métodos onde é possível incluir ervas, vitaminas, dietas especiais e outras práticas, como massagem e acupuntura. Os complementares são aqueles utilizados em conjunto com o tratamento tradicional prescrito pelo oncologista, enquanto os alternativos são aplicados no lugar do tratamento, mas com o auxílio do médico.
Embora muitos pacientes relatem a utilidade no alívio dos sintomas e sensação de bem-estar, muitos destes não são comprovados cientificamente e, por isso, não são recomendados. Então, é fundamental que você converse e peça orientação ao seu médico antes de começar qualquer terapia alternativa.
O tratamento pode ser feito pelo SUS?
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece todos os tipos de tratamentos do câncer de mama, cirurgias, radioterapias, quimioterapias, tratamentos com anticorpos, hormonioterapia, entre outros.
A Lei nº 12.732 de 2012 determina que todo paciente com neoplasia maligna tenha direito de realizar o primeiro tratamento pelo SUS, no prazo de até 60 dias contados do diagnóstico inserido em laudo patológico, ou em período menor de acordo com a gravidade do caso.
Como é feita a reconstrução mamária?
O procedimento de reconstrução mamária, realizado pelo SUS, é fornecido somente para mulheres com câncer que tiveram que extrair a(s) mama(s) ou parte delas. Assim, a paciente pode fazer de forma integral e gratuita os procedimentos de recuperação pós-mastectomia.
A reconstrução mamária vai depender da possibilidade clínica e preferência da paciente. O recomendado é que ela seja feita na própria cirurgia de retirada da mama. No entanto, se não houver indicação clínica para a realização dos dois procedimentos no mesmo momento, a paciente será encaminhada para acompanhamento e terá assegurada a realização da cirurgia depois de atingir as condições clínicas adequadas.
Assim, fica a cargo da equipe médica responsável analisar se há a possibilidade de fazer os dois processos no mesmo ato cirúrgico ou não. Essa decisão será tomada a partir de várias questões, como possíveis riscos de infecção ou rejeição da prótese, situação da área afetada, etc. Além disso, existem casos em que é necessário fazer quimioterapia ou radioterapia antes da realização da construção mamária.
Existem diversas formas eficientes de fazer o tratamento do câncer de mama, e seu sucesso vai depender do tempo de diagnóstico, condições da paciente e o método escolhido. É importante que a equipe médica seja composta por diversos especialistas, como oncologistas, cirurgião, psicólogos e nutricionistas, e que todos os passos sejam discutidos em conjunto com a paciente, para que as melhores decisões possíveis sejam tomadas.
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