Hoje em dia, estamos avançando cada vez mais no tratamento do câncer. Métodos de diagnóstico precoce, novos medicamentos e terapias personalizadas surgem a cada dia. Neste contexto, você sabe quais são os tratamentos para linfoma?
O INCA estimou que ano passado surgiram mais de dez mil novos casos no Brasil. Como muitos casos de linfoma têm uma chance maior de cura se os tratarmos mais cedo, é fundamental que conheçamos os sinais e sintomas da doença.
Por isso, no artigo de hoje, falaremos sobre os tratamentos para linfoma. Explicaremos, inicialmente, o que é essa doença e quando suspeitar dela. Em seguida, vamos falar sobre como funcionam os principais métodos de tratamento. Vamos lá?
O linfoma é um tipo de câncer que acomete o sistema linfático, responsável pela defesa imunológica. Ele ocorre quando essas células começam a se proliferar descontroladamente. Em casos extremos, essas células caem na circulação sanguínea e podem, por exemplo, originar metástases — focos de doença à distância.
As principais estruturas do sistema linfático são os linfonodos. Eles são pequenos aglomerados de células imunológicas, responsáveis pela primeira defesa do corpo contra os microorganismos. Quando há alguma infecção, como na garganta, esses linfonodos incham e podem ser palpados; são eles que chamamos, popularmente, de “ínguas”.
Por isso, o sintoma mais comum e precoce do linfoma é uma íngua que não melhora. O normal é que um inchaço em linfonodos causado por infecções reduza de tamanho em no máximo 6 meses. Portanto, caso você sinta um caroço que não melhora — geralmente no pescoço ou perto da clavícula —, o melhor é procurar um médico.
Além de um inchaço permanente em linfonodos, outros sintomas estão presentes e podem ajudar no diagnóstico. Febre sem sintomas de infecção, como diarreia ou tosse, suor noturno, calafrios e mal-estar geral. Estes sintomas podem ser sentidos após alguns meses do início da doença. São chamados, no meio médico, de “sintomas do tipo B”.
Embora esses sintomas auxiliem no diagnóstico, o linfoma não pode ser descoberto apenas por um exame médico: é necessário prosseguir à biópsia da lesão, retirando todo o linfonodo e analisando ele em um laboratório. Além de ser conclusiva para o diagnóstico, a biópsia também fornece a classificação e o estadiamento do tumor.
O linfoma pode ser dividido em tipos “Hodgkin” e “não-Hodgkin”. Essas classificações são dadas exclusivamente após a biópsia e são fundamentais para o tratamento. Dependendo do resultado, o tratamento será direcionado para o tipo específico de linfoma.
Existem várias classes de tratamento para o linfoma. A opção pelo primeiro tratamento varia conforme o tipo do linfoma e seu estadiamento: assim, podemos escolher o método que tem maior chance de controlar a doença. É importante mencionar, no entanto, que cada pessoa responde de forma diferente aos tratamentos. Conheça a seguir quais são eles:
A cirurgia é útil não apenas ao tratamento, mas também ao diagnóstico. Afinal, como mencionamos, assim que se suspeita de uma íngua recorrente, é necessário retirá-lo cirurgicamente. A boa notícia é que, em alguns casos, apenas a cirurgia é eficaz para o tratamento. Caso a doença esteja restrita ao linfonodo, assim que ele for retirado, o paciente está curado.
A quimioterapia é a forma de tratamento mais conhecida para o câncer. Nos tratamentos para linfoma, não é diferente. O princípio da quimioterapia é utilizar medicamentos que impedem as células de se proliferar. Desse modo, conseguimos conter o crescimento do câncer e impedir que ele evolua, por exemplo, com metástases.
Geralmente, a quimioterapia está associada ou à cirurgia ou à radioterapia, que são utilizados para a remoção completa do tumor; ela, por si só, não tem potencial para erradicar completamente a doença. Dentre os efeitos colaterais mais encontrados estão diarreia, náuseas, queda de cabelo e diminuição na contagem de células no sangue.
A radioterapia utiliza uma forma de energia chamada de radiação ionizante (que altera a forma do DNA, estimulando a célula doente à morte). Ela é feita por ondas invisíveis, que penetram no corpo e destroem as células do tumor. Com o avanço da tecnologia, contamos com mecanismos muito aprimorados de radioterapia. Por isso, conseguimos atuar exatamente na área do câncer e atingir o mínimo possível de tecido de órgãos saudáveis. Seus efeitos colaterais mais comuns são alterações na pele próxima ao tumor e dor local, devido à cicatrização.
Embora o sistema imunológico seja exatamente de onde vem o câncer, também podemos utilizá-lo para combater a doença. Em pessoas saudáveis, o corpo reconhece as células tumorais e as combate, evitando assim a doença. Com a imunoterapia, o objetivo é fazer com o que câncer seja visível ao sistema imunológico do paciente, dando um “empurrãozinho” para atacar o linfoma.
Os medicamentos utilizados na imunoterapia são anticorpos, os mesmos que produzimos em nosso próprio organismo. Eles se ligam nas células do tumor e avisam ao sistema imune que elas estão deficientes. Assim, as células de defesa conseguem identificar a célula doente e combatê-la.
O grande problema da quimioterapia clássica é que ela não atua apenas nas células do câncer. Sendo injetada na corrente sanguínea, seus efeitos são sentidos em todo o corpo. Por isso, os efeitos colaterais são fortes e ela pode não ser bem tolerada pelos pacientes. Mas, e se conseguíssemos fazer um medicamento que só atua nas células do tumor?
É esse o objetivo da terapia-alvo. Estes são medicamentos muito específicos, geralmente utilizados em casos de linfoma difíceis de tratar. Eles atuam em substâncias específicas do tumor, que vão sendo descobertas dia após dia. Assim, é possível atacar apenas células do câncer, minimizando os efeitos colaterais da terapia. Por se tratar de uma medicação muito específica, é necessário realizar estudos laboratoriais do tumor para descobrir se ele irá responder bem à terapia.
O transplante de células tronco hematopoiéticas (células tronco que são programadas geneticamente pelo próprio corpo para serem células sanguíneas) também vem sendo utilizado nos tratamentos para linfoma. A necessidade dessa terapia também é devida aos efeitos colaterais da quimioterapia: como esse tratamento ataca diretamente as células do sangue, não se pode aumentar muito a sua dose. Como fazer, em casos de doença resistente ao tratamento clássico ou mesmo a doença que é curada e retorna anos após, resistente ao tratamento quimioterápico?
Nesses casos, podemos injetar células tronco hematopoiéticas na medula do paciente. Estas células vão repor as células do sangue e evitar que sua diminuição cause maiores complicações. Assim, é possível intensificar a quimioterapia e combater mais efetivamente o linfoma.
São vários os tratamentos para linfoma, e eles ainda estão em constante atualização. Se manter sempre por dentro do assunto é fundamental para acompanhar as novas modalidades e acompanhar o progresso da ciência. Que tal usar a tecnologia a seu favor?
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© 2022 WeCancer soluções tecnológicas Ltda. – 32.302.278/0001-00
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